Caracterização da avicultura no Brasil pela Embrapa Suínos e Aves

Cerca de 90% das granjas operantes no Brasil dentro da chamada avicultura industrializada se dedicam à produção de frangos. Outros 7% estão voltadas à produção de ovos para consumo, enquanto os 3% restantes são granjas com planteis reprodutores.

A informação integra o Documento nº 241 da Embrapa Suínos e Aves, publicado sob o título “Caracterização da avicultura no Brasil a partir do censo agropecuário 2017 do IBGE”. O lançamento foi divulgado no apagar das luzes de 2023 (28 de dezembro), em press-release no qual a Embrapa Suínos e Aves informa a disponibilização de seus dados para o público em geral.

A base de dados (2017) é antiga e pode ter sido superada. Mas um dos autores da publicação, o pesquisador Marcelo Miele, ao reconhecer que são passados quase sete anos do levantamento do IBGE, observa que os resultados daquele censo ainda representam “importante subsídio para a elaboração de políticas públicas e de ações setoriais por parte de associações e sindicatos”.

Citando dados do censo agropecuário de 2017, a Embrapa Suínos e Aves comenta que, então, mais de 2,9 milhões de estabelecimentos agropecuários criavam galinhas – poedeiras, matrizes, frangos e pintos no Brasil – a maioria absoluta deles (95% do total) com rebanho de até 100 cabeças, o que caracteriza as criações voltadas para o auto consumo.

Outros 95 mil estabelecimentos (pouco mais de 3% do total) contavam com pequenos planteis voltados tanto para os mercados locais quanto para a venda de excedentes do consumo próprio – é a chamada avicultura de pequeno porte.

Em outras palavras, do total de estabelecimentos com planteis de galináceos, menos de 2% se dedicavam, então, à chamada avicultura comercial. Eram perto de 25 mil granjas que, em 2017, responderam por 95% das vendas de ovos e por 93% das vendas de frangos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *